terça-feira, 4 de setembro de 2012


Por uma ciência sem dogma
Sávio Tores de Farias*


esde o florescimento da consciência humana, o ho- mem busca encontrar um significado de mundo e, entre tantas visões, a religião teve e ainda ocupa lugar de destaque na explicação da existência humana e do funcionamento do mundo. Neste âmbito explicativo, todas as expectativas são depositadas em um ser supremo e inques­tionável, restando ao homem uma busca eterna destes ideais. Desta relação entre o homem (mortal e pecador) e este ser supremo (eterno e detentor da verdade absoluta), nasce uma confiança inquestio­nável do primeiro sobre os ensina­mentos do segundo.

Na eterna busca pela verdade, surgiu um novo modo de conhecer o mundo, que não mais se baseia em divindades ou em explicações metafísicas, e sim na observação sistê­mica dos fenômenos que circundam o homem e o meio onde ele vive. A este novo modo de conhecer o mundo chamamos de ciência. Ela permitiu que o homem demolisse mitos existenciais, consolidando-se como ferramenta extremamente útil na busca das verdades encobertas sob as cortinas do misticismo.
Hoje em dia, podemos comprovar a força das afirmações científicas no nosso cotidiano. Quem nunca usou, como argumento de convencimento, a expressão "isso foi comprovado cientificamente”? Ou, ainda, quem nunca viu propagandas de produtos que usam termos ligados à ciência (o DNA, por exemplo) como certificadores de eficiência do produto?
Outro exemplo é a tentativa de “validação científica” de antigas crenças religiosas. A que vem ganhado maior visibilidade na mídia é a Teoria do Design Inteligente, que procura dar nova roupagem ao criacionismo. Com ela, seus defensores tentam reafirmar velhas crenças, baseando-se no princípio científico, aceito como o mais verdadeiro nos dias de hoje.

Partindo dessas observações do cotidiano, me ocorre uma estranha sensação de inquietude diante do processo de dogmatização da ciência, visto que um dos principais princípios da metodologia cientifica é a constante discussão dos resultados e a possibilidade de falseá-los em detrimento de novas observações realizadas. Neste contexto, identifico alguns agentes na formação desta imagem de verdade absoluta que vem surgindo no senso comum.

De um lado, temos o próprio cientista, que muitas vezes impõe seus resultados de forma arrogante, como se fosse a nova encarnação de um ser inatingível em suas proposições, surgindo assim o mito de um “deus cientista”, um ser respeitado e inquestionável em suas afirmações. Esta posição assumida por alguns pesquisadores provoca uma incompatibilidade de linguagem, aumentando ainda mais o abismo entre os mundos científico e não-científico.

De outro, temos uma sociedade que clama, ainda que forma difusa, por uma maior participação nas ações e discussões que envolvem direta ou indiretamente seu bem-estar. Mas o que observamos é que ela se exime de qualquer responsabilidade de julgamento e ação, abstendo-se de culpa, ao aceitar, sem maiores questio­namentos, os resultados oferecidos pela ciência. Mas, quando se vê confrontada por questões éticas e culturais envolvendo avanços científicos, a sociedade – ou setores expressivos dela – reage da pior forma possível. Ela simplesmente nega esses avanços, seja porque não compreende a metodologia científica ou porque está impregnada de preconceitos e idéias místico-religiosas.

Neste contexto, em que a ciência aparece dogmatizada no senso comum, sendo aceita sem questiona­mentos ou negada por crenças, é preciso aumentar o diálogo entre os cientistas e a sociedade em geral, na busca de uma maior compreensão do método científico. Esta é a maior contribuição que a ciência pode oferecer à sociedade, fazendo com que esta não apenas aceite inquestiona­velmente o produto final gerado pela primeira – até porque este resultado, na medida em que se aumenta a compreensão do mundo, está sujeito a modificações –, mas discuta a confia­bilidade dos meios que levou ao alcance daqueles fins.

O cientista tem o dever de simplificar e popularizar seus métodos, quebrando a imagem de dono de uma verdade absoluta, que contraria o próprio método científico. Enquanto isso, a sociedade precisa abrir seu pensamento, e o indivíduo deve buscar o conhecimento das inovações que lhe são impostas diariamente e avaliá-las à luz dos valores e da cultura em que está inserido. Só assim, a sociedade terá condições de participar efetivamente da tomada de certas decisões e a certeza de que elas contribuirão para o seu progresso e bem-estar.


Dogma: ponto fundamental e indiscutível de qualquer doutrina ou sistema.


*Aluno de doutorado em Genética da UFMG
 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Calmo como uma Bomba!!!!

Olá débil internet,

Hoje pela manhã me assustei com uma matéria sobre a Grécia, onde um aposentado de 77 anos se matou em frente ao parlamento grego, dentre os motivos estava a falta de condições para pagar suas contas e viver  de uma forma minimamente digna. No bilhete que encontraram no seu bolso, o mesmo culpa o governo pela sua situação. Só para recordar um pouco, a Grécia, a mais ou menos um ano, entrou em uma crise financeira que abalou as estruturas da comunidade européia, para sair de tal crise, preferiu salvar os banco e não sua população. Assim, teve que demitir milhares de cidadão e diminuir benefícios e salários de outros milhares. O que vi hoje me assustou, pois o estado que deveria está constituído para o bem comum vem matando lentamente e desta forma calando a todos. Talvez muitos já não lembrem de episódios recentes aqui mesmo no Pais das bananas (ou dos bananas?), onde o governo do estado de São Paulo sob o pretexto de cumprimento da lei, expulsou violentamente na calada da noite centenas de famílias da comunidade de pinheirinhos, ou até a desastrada limpeza social realizada na região central desta capital, conhecida como cracolândia. Recentemente, estamos acompanhando o caso do Relator da Lei da ficha limpa que por questão de piada pronta, não tem nada na ficha dele que possamos considerar limpo. As eleições estão ai e velhos fantasmas rondam pela esfera publica neste período, caso ache que tudo está bem, repita suas escolhas, pois, a população tem o governo que merece e se votamos em merda é porque merda somos!!!! Cuidado a próxima vitima do sistema pode ser você.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Geração Miojo

Olá rápida internet,

Estes dias estava eu sozinho em um restaurante esperando a comida que tinha pedido para levar para casa e na minha falta do que fazer, visto que já tinha lido o cardápio umas quinze vezes, comecei a realizar um exercício bastante interessante nestes momentos que é prestar atenção na conversa alheia. Logo me deparo na mesa ao lado com uma discussão entre mãe e sua filha adolescente. O que falaram exatamente não lembro, mas ficou na minha cabeça a mensagem que a mãe queria passar, que era que a referida adolescente agia sempre de forma muito apressada em tudo na sua vida. A partir desta observação me veio a cabeça este termo, geração miojo. O miojo é o rei dos fast foods, pois segundo seu fabricante fica prontos em míseros 3 minuto. E ao levar esta constatação a uma analise das situações que vejo hoje em dia posso com certeza afirmar que esta nova geração é realmente um grande miojo, onde os amores não tem tempo de maturar e já estão superados, as musicas devem ser de fácil assimilação, pois temos urgência e musica com mais de três minutos e três estrofes ultrapassa nossa paciência, não temos tempo de analisar uma noticia ou situação, pois leva tempo e não temos tempo a perder, preferimos uma mensagem pronta e aceitamos esta como a melhor e mais coerente para explicar determinado fato, afinal de contas só temos três minutos e é mais fácil deixar os outros pensarem por nós. Não fazemos mais escolhas, nossas roupas são ditadas por programas e como programas aceitamos e desta forma estamos engajados com o mundo, deixamos que os outros nos digam o que fazer e como agir, pois se formos pensar vai levar mais de três minutos, o que é um absurdo. Diante desta observação, fico a pensar se esta geração miojo não seria de sabor galinha, ou melhor coxinha, só assim consigo entender a alienação que percebo nos dias atuais, onde pseudointelectuais tem opinião para tudo sem mesmo saber conceituar o que esta em pauta. Neste panorama, o Deus Google reina como a grande enciclopédia da humanidade e através dele podemos ver e saber do mundo em três minutos e assim as novas gerações vão se formando, quem sabe um dia voltamos a ser uma geração A la carte e possamos entender melhor o que se passa, mas por enquanto acho que vou indo, pois já levei mais de três minutos escrevendo e meu miojo já desandou.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pra quem não entendeu o que está acontecendo na USP!!!!!

Boa noite aos reacionários que acham que os alunos que ainda tem culhão de se rebelar contra o sistema são apenas maconheiros!!!!!!!!!!








quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A copa do mundo que o Brasil não vai ver!!!!

Copa 2014 e Olimpíadas 2016: pretextos para mais injustiças sociais
Por Luiz Kohara
A sociedade brasileira, em geral incentivada pela grande mídia, vive momento de euforia pelo fato de o Brasil sediar dois dos maiores eventos esportivos do planeta – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Há muitas expectativas e discursos segundo os quais esses megaeventos trarão para as cidades sedes muitas vantagens como melhorias da infraestrutura urbana, entrada de milhões de dólares trazidos pelos turistas, geração de novos empregos, aumentos nas arrecadações públicas e divulgação positiva do país em todo o mundo.
Veja mais:
Os megaeventos esportivos ocorridos em outros países têm mostrado que, por trás dos grandes espetáculos, das medalhas, das imagens que emocionam e dos discursos dos legados trazidos, está o interesse do grande capital na obtenção de elevados lucros em curto espaço de tempo e, como consequência, ocorre violação generalizada dos direitos humanos.
Violações
Essa prática de violações contra os mais pobres tem ocorrido em todas as cidades sedes dos megaeventos mundiais. Alguns exemplos: em Pequim, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram desalojadas de suas moradias; na cidade do Cabo, 20 mil moradores de favelas foram transferidas para alojamentos “microondas” ; em Barcelona, as pessoas sem teto foram expulsas para fora da cidade durante os jogos; em Atenas, as comunidades ciganas sofreram remoções; em Atlanta, os afroamericanos foram desalojados e sem tetos indiciados; em Sydney, as comunidades aborígines de áreas próximas aos sítios olímpicos foram desalojadas.
Na cidade do Rio de Janeiro, desde a preparação para os Jogos Pan-Americanos de 2007, estendendo-se até hoje, a sucessão de governos tem implementado operações “limpezas”, “tolerância zero” ou “choque de ordem” para recolher e reprimir a população em situação de rua e criminalizar e expulsar os moradores das comunidades pobres que vivem em áreas valorizadas.

"O modelo de desenvolvimento econômico praticado no Brasil provocou acelerada urbanização da pobreza, incluiu o País entre as maiores economias mundiais, mas o tornou um dos países com maior desigualdade social"

Essas ações, comuns nas cidades sedes dos megaeventos, fazem parte dos planos estratégicos urbanos que são embasados na compreensão da cidade como empresa, isto é, cidades eficientes para os investimentos financeiros e seguras para os patrocinadores, onde a miséria e os conflitos sociais não podem existir para não macular a embalagem do produto que está à venda. Esses planos têm a lógica dos negócios, sempre se sobrepondo aos direitos sociais da população. Promovem a expulsão dos pobres ou “higienização” das áreas que terão grande visibilidade durante os eventos, como condição necessária para estampar a “cidade cartão postal”.
O modelo de desenvolvimento econômico praticado no Brasil – concentrador de capital, terra, renda e poder e exploração da mão de obra - provocou acelerada urbanização da pobreza, incluiu o País entre as maiores economias mundiais, mas o tornou um dos países com maior desigualdade social e com piores Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. O que significa as megaobras e os megaeventos para o País com milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, sem acesso à saúde, educação, moradia, saneamento, transportes, segurança pública.
Apropriação de recursos públicos
As megaobras no Brasil, tanto no mundo rural quanto no urbano, além dos objetivos oficiais do desenvolvimento econômico que nem sempre são alcançados, têm favorecido a apropriação de recursos públicos por parte de grupos privados, práticas de corrupções em todas as suas etapas, destruição da fauna e flora, desequilíbrios ecológicos, despejos forçados de comunidades tradicionais, exploração de mão de obras, precarização do trabalho e tantas outras violações da dignidade humana.
Os megaeventos representam hoje formas mais sofisticadas e maquiadas para que o grande capital nacional ou internacional tenha novos polos seguros para os seus investimentos por meio de grandes obras de reestruturação urbana. Às vezes há fatos novos, mas o processo é o mesmo de sempre, isto é, a concentração da riqueza com base na exploração da mão de obra, apropriação máxima da renda da terra e o interesse privado sobrepondo ao interesse público e as necessidades sociais. As greves dos trabalhadores que estão construindo os estádios do Maracanã e Mineirão, ocorridos em 2011, entre outras, foram motivadas por falta de condições básicas de trabalho como a segurança e salubridade, alimentação estragada, baixo salários, jornada de trabalho desumano, pagamentos das horas extras e concessão de benefícios já previstos nos acordos de trabalho.
Despejos forçados
As obras de infraestrutura, como estacionamentos próximos aos estádios e ampliação das vias para locomoção, já em andamento em 2011, têm causado muitos despejos forçados de famílias que estão com as vidas estruturadas nesses locais. Elas são desalojadas sem que tenham solução habitacional adequada. Previsões bastante realista que calculam que cerca de 150 mil famílias de baixa renda serão removidas nas doze cidades sedes da copa 2014.
Na verdade, centenas de remoções que já vêm ocorrendo utilizam dos momentos dos megaeventos para expulsar as populações de baixa renda que vivem em áreas valorizadas para que o setor imobiliário se apropriem da valorização fundiária. Para isso, conta ainda com parcerias dos diferentes níveis e instâncias públicas.
Como são operações bastante complexas, os patrocinadores trabalham com várias estratégias, dentre as quais destacamos: grande investimento na construção de significados simbólicos e patrióticos para que a população brasileira seja apenas um torcedor eufórico, alienado e descomprometido com os problemas sociais que sucumbem o país; as obras dos megaeventos devem ser tratadas como obras emergenciais que não necessitam cumprir todas as exigências legais.
Custos
O estudo do Tribunal de Contas da União (TCU), em janeiro de 2011, previa que a realização da Copa de 2014 custaria R$ 23 bilhões com construções e reformas de estádios, ampliação de aeroportos e mobilidade urbana, sendo que, desse montante, 98,56% seriam de recursos públicos. Logicamente, esta previsão deve ser superada em muito quando da concretização das obras. A previsão não contém as isenções, contribuições e despesas de segurança que serão feitas pelos municípios e estados.
Imaginem se a relação do custo final com o custo previsto for o mesmo que ocorreu com os Jogos Pan-Americano de 2007 do Rio de Janeiro, que previam gasto de R$ 350 milhões, mas custaram R$ 3,9 bilhões. A Grécia e o seu povo sabem muito bem o que é pagar as conseqüências do déficit nos cofre públicos deixado pelos Jogos Olímpicos de 2004.

"A Grécia e o seu povo sabem muito bem o que é pagar as conseqüências do déficit nos cofre públicos deixado pelos Jogos Olímpicos de 2004"

Grande parte desses recursos é para obras de estádios públicos ou privados, mas que após a Copa do Mundo será de uso de agremiações particulares e subutilizadas. Vários estádios custarão para os cofres públicos mais de um bilhão de reais, cujo valor é superior aos orçamentos da área social das cidades sedes, para receberem apenas cinco jogos insignificantes para seus moradores. Os estádios poderiam ser adequados às necessidades sociais e esportivas das cidades a custos bem menores.
Instituições privadas
A Fifa (Federação Internacional de Futebol Associados) e COI (Confederação Olímpica Internacional), responsáveis pela Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, são instituições privadas, com muitas comprovações de corrupções, e que com a Lei da Copa e contratos submete os países sedes em territórios sob sua dominação desrespeitando a cultura, as legislações, os poderes instituídos e seus interesses tornam interesses públicos. Tudo isso para assegurar os altíssimos lucros aos grupos envolvidos.
É um momento que exige de todos os cidadãos estado de alerta para que não sejam instrumentalizados pela euforia patriótica esportiva. São necessárias mobilizações e ações concretas para fiscalizar, denunciar e impedir que mais uma vez as vantagens de uma minoria signifiquem mais segregação urbana, exclusão social e violações de direitos.
Para dificultar as resistências populares, as prefeituras das cidades sedes têm apresentado mapas e planos com pouca precisão sobre locais e pessoas que serão atingidas com as intervenções. A prática da criminalização das lutas sociais é outro artifício para enfraquecer qualquer resistência. Os gestores públicos das cidades sedes, muitos deles vinculados com o setor da construção civil, têm utilizado desse momento eufórico, de forma articulada com setor do Judiciário, para realizar remoções arbitrárias de comunidades, principalmente aquelas mais vulneráveis por não possuírem a posse da terra regularizada.
Denúncias

Os movimentos sociais e instituições de direitos humanos têm denunciado cotidianamente práticas de barbaridade com a população em situação de rua, repressão aos trabalhadores ambulantes, violências policiais nos despejos, criminalização dos movimentos sociais, enfraquecimento de grupos do Judiciário e outras ações para assegurar os objetivos dos patrocinadores. Outro ponto que devemos estar atentos neste momento é a questão da prostituição infantil, pois o Brasil tem sido uma das rotas dessa prática.
A sociedade tem o dever de participar de todas as discussões e o direito de intervir nos megaeventos, porque serão realizados com recursos públicos, são intervenções urbanas de interesse de todos os munícipes. O que está em jogo na prática é que todo este processo para a realização dos megaeventos pode gerar ainda mais injustiça social.
Luiz Kohara é membro do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e pesquisador FAUUSP/Fapesp

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Happy new Year coxinhas!!!

Olá renovada internet,

E mais um ano se passou!!! e não foi um ano qualquer, o mercado ruiu ao som de uma população indignada com a desigualdade e com o sistema opressor. Mas nada mais acolhedor para a nossa alma coxinha do que as festas de fim de ano, a grande orgia do Deus Nike e seus discípulos, as grandes multinacionais, para nos desligar da realidade e nos fazer voltar ao nosso modo operante, o consumismo extremo. Paramos de ler noticias e começamos a ler anúncios de promoções, as lojas sempre lotadas e o mundo em crise sorrindo da nossa alienação, a miséria acabando com populações e nossos cartões de credito trabalhando a todo vapor, afinal de contas é natal e nossas vidas se zeram no passar do ano. Já começamos o ano de férias, onde nossa principal preocupação é que praia iremos hoje e se a cerveja está gelada, parece que somos abduzidos por uma grande nave mãe chamada verão, o tempo da leveza, do divertimento, pelo menos para nós terceiro mundo tropical. Logo na sequencia do ano temos a grande festa do carnaval, onde as leis são deixadas de lado por 5 dias em todo o País e continuamos na nossa ingenuidade de que nada acontece neste período. Porém, nem tudo são flores no mundo dos coxinhas, enquanto nos acabamos em festas está ocorrendo em Brasilia a reforma ministerial e com ela a politica que vai nos reger pelo resto do ano, mas já esquecemos os diversos ministros que caíram no ano que se passou e para nós politica não interessa, afinal de contas já cumprimos nossa obrigação de cidadãos, o voto. Nós coxinhas ainda não estamos nos importando que este ano tem eleições municipais e nomes de diversos corruptos estão a assombrar nas belas cidades brasileiras, vamos fazer isso perto do pleito, pois futebol, religião e politica não se discute. E os coxinhas vão seguindo em frente, obedecendo a todos que dizem o que ele deve fazer e como ele deve agir, cada vez mais procuro resposta para esta pergunta do grande profeta Raul Seixas que diz "Você alguma vez se perguntou porque faz sempre as mesmas coisas sem gostar? Happy New Year coxinhas.